Esse “piroscafo” teve vários nomes de batismo, como Colombo e Napoli 1870. No entanto ele nasceu como Espresso pela companhia armadora Wigham Richardson & Co. da cidade de Wallsend, fração de Northumbria no norte da Inglaterra.

O transatlântico media noventa e um metros e sua maior largura possuía quase onze metros comportando mil oitocentos e sessenta e cinco toneladas de peso neto. Produzia uma velocidade de onze nós com trinta e quatro lugares para passageiros de primeira classe e outros 900 destinados à categoria econômica. Foi lançado ao mar no dia 27 de setembro de 1870 e vendido para o Capitão Lavarello da Società Fratelli Lavarello, sediada em Genova.

Fez sua primeira aventura no dia 23 de fevereiro do ano de 1871, quando deixou o porto de Genova rumo a Marselha, Cadiz, Tenerife, Montevidéu e finalmente Buenos Aires. A viagem durou exatos trinta e um dias.

Em 1873 a empresa passa a ser chamada de Gio Batta Lavarello (João Batista Lavarello), pai dos irmão Pietro e Enrico Lavarello, e o Espresso passa a se chamar Colombo (homenagem ao famoso navegador genovês Cristoforo Colombo). No ano de 1883 o vapor é vendido para Matteo Bruzzo & Co., empresa sediada também em Genova que continuar empregando o “vapor” nas rotas com destino a América do Sul.

No ano de 1884 a empresa da família Bruzzo passa a se chamar “La Veloce Line” e o Colombo é rebatizado de Napoli. Foi a bordo da versão com este nome que Angelo Cecco migrou para Argentina.

Marido de Rosa Zamarian, filha de Pacifico e Angela Biasin, Cecco, conforme registros localizados, já era casado há pelo menos quatro anos quando aos 33 anos desembarcou em Buenos Aires, Argentina no dia 16 de abril de 1889. Embora não foram localizados os mesmos tipos de registros, suspeitamos que Rosa tenha imigrado também na mesma viajem, mesmo porque foram localizados outros componentes da família dela bem próximos em Mendoza.

A mesma situação ocorre com Antonio Pizzolitto, que foi batizado com o sobrenome Neri. Ele se casou com Pierina Zamarian, filha de Giovanni Battista e Teresa Toso. Sua imigração registrada no porto de Buenos Aires, Argentina, a bordo deste navio ocorreu um ano antes, no dia 14 de junho de 1888, quando já havia dez anos de matrimônio com Pierina. Em um estudo realizado pelo historiador Edi Pozzetto de Precenicco, ele cita que o pai, Bernardino Neri, teria imigrado para o Brasil no dia 5 de dezembro de 1888, tendo na mesma viajem a mulher, o filho, a nora e dois netos. O filho primogênito de Antonio foi batizado com o nome do pai, Bernardino e registros dele e de mais irmãos foram localizados na cidade de Berazategui, onde teria casado com Adela Camorano.

Sua última viajem ocorre no ano de 1893, quando no dia 5 de dezembro acaba afundando na costa brasileira e consequentemente abandonado.